TEATRO da TERRA
criação artística para todos

AMOR DE DOM PERLIMPLIM COM BELISA EM SEU JARDIM
de FEDERICO GARCIA LORCA
tradução EUGÉNIO DE ANDRADE
13 a 17 JUNHO | 21H30
AUDITÓRIO MUNICIPAL DO
FÓRUM CULTURAL DO SEIXAL
encenação MARIA JOÃO LUÍS
com
ANTÓNIO SIMÃO, FILIPA LEÃO, MARINA ALBUQUERQUE,
RITA ROCHA SILVA, TERESA FARIA, TERESA TAVARES e o músico
JOSÉ PEIXOTO
Bilhetes
Ticketline.pt
Biblioteca Municipal
Fórum Cultural do Seixal


AMOR DE DOM PERLIMPLIM COM BELISA EM SEU JARDIM
de FEDERICO GARCIA LORCA
13 a 17 JUNHO | 21H30
AUDITÓRIO MUN ICIPAL DO FÓRUM CULTURAL DO SEIXAL
encenação MARIA JOÃO LUÍS tradução EUGÉNIO DE ANDRADE
com
ANTÓNIO SIMÃO, FILIPA LEÃO, MARINA ALBUQUERQUE
RITA ROCHA SILVA, TERESA FARIA, TERESA TAVARES e o músico
JOSÉ PEIXOTO
cenografia JOSÉ MANUEL CASTANHEIRA composição e direcção musical JOSÉ PEIXOTO
figurinos CLÁUDIA RIBEIRO desenho de luz PEDRO DOMINGOS
assistência de encenação, produção executiva DIANA ESPECIAL fotografia ALÍPIO PADILHA
ilustração do cartaz JOANA VILLAVERDE operação de luz e som LUCAS DOMINGOS
construção cenográfica BENTO CORREIA assistência de produção FILIPE GOMES e SÓNIA GUERRA
direcção de produção PEDRO DOMINGOS
produção TEATRO DA TERRA 2023 M/12
A incompreensão é o motor da vida, da obra e da morte de Lorca.
Artista da tragédia, encontrou na incompreensão mútua dos géneros masculino e feminino, o ponto de partida para esta inclassificável trama poética. Ele próprio chega a escrever a propósito de Amor de Dom Perlimplim..., que se trata de uma obra grotesca, uma farsa que termina em tragédia.
O velho e a jovem sensual, infantil e facilmente manipulável, são antes de mais um jogo de contraste, repetido na relação de Dom Perlimplim com a sua criada, para acentuar a comicidade das cenas iniciais, ampliadas ainda pela reprodução da imagem estereotipada da mãe de Belisa.
Dom Perlimplim homem de meia idade, abastado, mas inexperiente nos negócios do amor, deixa-se convencer pela sua criada a casar com uma jovem muito mais nova, sua vizinha. Belisa é manipulada pela mãe para alinhar num casamento de conveniência, sem a paixão que cultiva com um correspondente anónimo. A viúva, cuja única preocupação é assegurar a sua estabilidade económica, alicia a filha para um casamento recheado, com a possibilidade de atrair outros homens, augurando a infidelidade da filha.
Dom Perlimplim não acredita no futuro da sua relação com a mulher, e desiludido dispõe-se a morrer por ela, revelando ser ele o amante anónimo por quem Belisa se apaixonou, para grande infortúnio desta.
Lorca quer o drama no público, não nas personagens, cujos traços característicos são habilmente desconstruídos, para que a nossa percepção se debata com a visão de um mundo à frente do seu tempo, que o poeta projecta. A montagem do Teatro da Terra transporta para a contemporaneidade os temas universais e intemporais do amor e da traição.