TEATRO da TERRA
criação artística para todos
acolhimento
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A BARRACA
DE MARY PARA MARY
de Paloma Pedrero
AUDITÓRIO MUNICIPAL DO
FÓRUM CULTURAL DO SEIXAL
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SÁBADO, 13 JANEIRO | 21:30
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Bilheteira
BOL.pt
Biblioteca Municipal e bilheteira do Fórum Cultural do Seixal
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tradução
RITA LELLO
encenação
MARIA DO CÉU GUERRA
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dramaturgia
MARIA DO CÉU GUERRA e RITA LELLO
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com
RITA LELLO
cenografia A BARRACA
figurino MARTA IRIA
sonoplastia JOÃO MARTINHO
assistência de encenação RUBEN GARCIA e TERESA MELLO SAMPAYO
desenho de luz VASCO LETRIA
operação de luz RUY SANTOS
fotografia RICARDO RODRIGUES
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produção
A BARRACA
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M/14
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Info e reservas: BOL.pt | Biblioteca Municipal do Seixal | Bilheteira do Fórum Cultural do Seixal
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Comovente, dramático, poético, político, pedagógico neste espectáculo Wollstonecraft diz à sua filha e a quantas mulheres e homens a escutarem: “não permitas nunca que te façam comer o pão amargo da dependência. Luta, luta para seres tu própria. E não temas nunca o que os outros possam pensar.”
Mary Wollstonecraft (1759-1797), pioneira do pensamento feminista, a mulher que se atreveu a reclamar a igualdade entre mulheres e homens num tempo em que a própria ideia de igualdade era inadmissível, encontra-se gravemente doente, na sequência do parto sofre de uma febre puerperal aguda. No delírio da febre, Wollstonecraft, acredita estar a dar uma conferência. O seu único público é na verdade a filha recém-nascida que que virá a ser a aclamada escritora Mary Shelley, autora de um dos clássicos da literatura mundial: Frankenstein.
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reposição
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TEATRO DA TERRA
ROMEU E JULIETA
de William Shakespeare
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AUDITÓRIO MUNICIPAL DO
FÓRUM CULTURAL DO SEIXAL
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25 JANEIRO A 3 FEVEREIRO
QUINTA A SÁBADO ÀS 21H00
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Info e reservas: BOL.pt | Biblioteca Municipal do Seixal | Bilheteira do Fórum Cultural do Seixal
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Em Verona, duas famílias rivais, os Montéquio e os Capuleto, assistem ao enamoramento dos seus filhos. Apesar das disputas familiares, Romeu e Julieta encontram-se e apaixonam-se profundamente. Desafiam as convenções e o ódio que há décadas separa as suas famílias, casam secretamente, mas uma série de trágicos equívocos culmina na morte prematura de ambos, selando o seu amor como a grande história de paixão amaldiçoada.
Com uma linguagem contemporânea e uma estética visual ousada, ROMEU E JULIETA, explora temas intemporais como o amor, a violência, o ódio e a reconciliação. A intensidade da paixão entre os protagonistas, refletida em interpretações polifacetadas, ampliam a energia e regeneram a violência contida, no conflito entre as famílias.
Apesar de não abordar directamente a luta de classes, é possível interpretar alguns elementos como um reflexo de tensões, rivalidades, ou conflitos sociais na divisão entre Montéquios e Capuletos. Ao criar um mapa emocional intenso e provocativo, lembra-nos a universalidade do sentimento humano e do poder transformador do amor, mesmo em tempos sombrios e complexos como os nossos.
ROMEU E JULIETA é uma reflexão social e política, que destaca, sobretudo, a necessidade de superar a diferença e o preconceito, e a importância de encontrar um terreno comum onde a paz possa prevalecer.
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encenação
MARIA JOÃO LUÍS
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com
AFONSO MOLINAR, BRUNO AMBRÓSIO, CÁTIA NUNES, FILIPE GOMES,
INÊS CURADO, JOSÉ LEITE, MIGUEL SOPAS, PAULO LAGES, PEDRO MOLDÃO
RODRIGO SARAIVA, SÍLVIA FIGUEIREDO, TADEU FAUSTINO
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tradução e adaptação FERNANDO VILLAS-BOAS
cenografia ÂNGELA ROCHA
criação musical e ilustração JOÃO LUCAS
figurinos JOSÉ ANTÓNIO TENENTE
desenho de luz PEDRO DOMINGOS
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assistência de encenação FILIPA LEÃO
fotografia DANIEL NUNES
produção executiva ARTUR CORREIA
assistência de produção FILIPE GOMES
direcção de produção PEDRO DOMINGOS
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produção
TEATRO DA TERRA 2023
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co-produção
NOVO CICLO ACERT
CASA DAS ARTES DE VILA NOVA DE FAMALICÃO
M/12
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Para apreciarmos a extraordinária inversão de valores que a peça Romeu e Julieta trouxe, basta vermos uma versão poética contemporânea da mesma história, colhida em novelas italianas, à qual Shakespeare deitou mão para construir o seu enredo. The Tragical History of Romeus and Juliet (1562), de Arthur Brooke, não entroniza os dois adolescentes e o seu amor impaciente, como faz a versão de Shakespeare, no que ficou a ser a fonte, afinal, do culto da juventude que ainda está nos nossos hábitos e que esta peça inaugurou (R&J é de 1595-96, uma distância que por si só mostra a popularidade do poema). Pelo contrário: o conto em verso de Brooke oferece várias lições: o autor toma o partido dos pais, naturalmente, à luz dos costumes da época, e dá o nome de “desejo desonesto” à força que une o par, além de tratar Julieta como “donzela cheia de vontades” - a mesma ofensa com que o pai Capuleto castiga a filha no drama de Shakespeare (e nesta versão portuguesa), no discurso violento em que ameaça deserdá-la, caso não case com o noivo escolhido.
Desta fonte (e de outras semelhantes, na prudência com que tratam o fogo juvenil), Shakespeare extraiu uma história radicalmente diferente. Desde logo, três personagens menores são aumentadas na peça para se tornarem forças no drama: Mercúcio, a Ama e Tebaldo, todos, de algum modo, anti-heróis, inimigos daquela união em nome da camaradagem masculina, dos limites da vontade feminina, e, por ordem e por fim, do respeito pelos fervores tribais das famílias.
Shakespeare mudou também a ordem e a importância relativa das peripécias, acrescentando outras, para criar uma precipitação irresistível. O tempo da acção encolhe para poucos dias, em vez dos meses da narrativa tradicional, e a união dos amantes cabe numa só noite, já sob a sombra da separação inevitável.
As mortes de Romeu e Julieta já não serão apresentadas como os justos castigos da sua irracionalidade e rebeldia (um termo muitíssimo negativo no vocabulário da época, e no do próprio Shakespeare).
Para elevar aquela união perturbadora da ordem daquela Verona imaginária, Shakespeare funde arrojadamente a sua paixão (e da sua época) pelo soneto de gosto italiano, com aquilo a que se pode chamar o princípio do teatro como espectáculo verbal, que o teatro do nosso tempo tantas vezes descura, mas que fazia a regra do teatro isabelino: um teatro para ser ouvido, ainda mais do que visto. Esta peça, por via da sua inspiração na fonte lírica italiana, mais exactamente petrarquista - a mesma de Camões -, junta ao enredo tenso uma exibição de luxo verbal que nunca se prejudicam mutuamente em cena. O verso carregado de lirismo serve para compactar emoções, dar expressão aguda a traços do carácter das personagens, e assim ajudar à construção de um tempo progressivamente comprimido. E aquela coincidência literária deve ser e pode ser plenamente aproveitada. É uma crença desta versão, a possibilidade da imitação da dicção lírica original. Para uma ilustração deste processo basta a cena do encontro, no baile, entre Julieta e Romeu enquanto desconhecidos, sendo que as deixas que vão trocando até se consumarem os dois beijos trocados constituem, em si mesmas, um soneto rimado, em que os versos regem a pauta de movimentos contidos. “É um livro, essa boca”, diz Julieta, num elogio à delicadeza com que Romeu soube responder ao desafio poético.
Esta versão acredita, portanto, no espectáculo verbal, e no poder do seu ritmo em toda a máquina cénica.
Fernando Villas-Boas
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criação
TEATRO DA TERRA
VIDA DO GRANDE D. QUIXOTE DE LA
MANCHA E DO GORDO SANCHO PANÇA
de António José da Silva
AUDITÓRIO MUNICIPAL DO
FÓRUM CULTURAL DO SEIXAL
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18 a 20 ABRIL
QUINTA A SÁBADO ÀS 21H30
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Bilheteira
BOL.pt
Biblioteca Municipal e bilheteira do Fórum Cultural do Seixal
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encenação
MARIA JOÃO LUÍS
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com
FILIPE GOMES, ISABEL RIBAS, MARCO PAIVA
RODRIGO SARAIVA, SÉRGIO GOMES
SÍLVIA FIGUEIREDO, SIMON FRANKEL
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cenografia JOSÉ MANUEL CASTANHEIRA
composição e direcção musical JOSÉ PEIXOTO
figurinos e adereços CLÁUDIA RIBEIRO
desenho de luz PEDRO DOMINGOS
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assistência de encenação JOANA CAMPELO
ilustração do cartaz JOANA VILLAVERDE
fotografia ALÍPIO PADILHA
produção executiva ARTUR CORREIA
assistência de produção CARINA R. COSTA, FILIPE GOMES
direcção de produção PEDRO DOMINGOS
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produção
TEATRO DA TERRA 2024
M/12
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Esta obra é uma paródia de "Dom Quixote de la Mancha" de Miguel de Cervantes, que transforma a história original numa comédia musical.
Maria João Luís encena a primeira peça de teatro de marionetas escrita por António José da Silva, em 1733, adaptada para teatro com actores por Fernando Villas-Boas.
António José da Silva recriou, numa deliciosa opereta cómica, as aventuras de Dom Quixote e Sancho Pança, optando pela paródia, pelo deboche e pela comédia joco-séria, apimentando as proezas da dupla e fantasiando as cenas mais conhecidas da segunda parte de Dom Quixote, de forma despachada e pontuada por cantigas.
Nas comédias d'O Judeu há sempre a presença de uma figura bufa, e aqui Sancho Pança assume o papel do bobo que é a consciência do seu amo D. Quixote, mas também tão iludido quanto ele.
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criação
TEATRO DA TERRA
OS CARANGUEJOS DE ISTAMBUL
de António Cabrita
AUDITÓRIO MUNICIPAL DO
FÓRUM CULTURAL DO SEIXAL
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6 a 15 JUNHO
QUINTA A SÁBADO ÀS 21H30
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Bilheteira
BOL.pt
Biblioteca Municipal e bilheteira do Fórum Cultural do Seixal
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encenação
MARIA JOÃO LUÍS
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com
ANTÓNIO SIMÃO E PAULO PINTO​
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cenografia ANA TERESA CASTELO
desenho de luz PEDRO DOMINGOS
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assistência de encenação FILIPA LEÃO
​operação de luz e som LUCAS DOMINGOS
assistência de produção CARINA R. COSTA, FILIPE GOMES
direcção de produção PEDRO DOMINGOS
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produção
TEATRO DA TERRA 2024
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Artur e Vítor, nascidos em África e filhos de colonos, quando ocorreu a descolonização eram jovens revolucionários que resolveram embarcar no espírito do tempo, romper com as famílias e ficar no país novo, contribuindo para a mudança do mundo.
Tarefa a que se entregaram sem dúvidas, por décadas, tendo constituído famílias mestiças, e dividido o mundo entre “nós” e “eles”.
Agora estão na idade madura, o cenário geopolítico mudou completamente as perspectivas, e grande parte dos frutos que caíram da árvore apodreceram no chão.
Na idade do balanço receiam concluir que o mundo é que os mudou e que a globalização desmantelou todos os valores em que acreditavam. Mas, quem traiu o quê, se as ilusões eram de todos?
Resolvem então encenar uma peça que adapte Gil Vicente à realidade política que os envolve.
Contudo, a morte de um rapper, que era um ídolo popular e um cantor de intervenção, precipita tudo. A desnecessária violência da polícia contra a multidão que se amontoava no velório do músico, repercute-se no seio das famílias de Vítor e Artur.
O filho de Artur, jovem de sangue na guelra que luta pela justiça, embrulhou-se na briga e vê-se metido num sarilho de coloração política. E as suas mulheres resolvem abandonar os seus países de origem e mudarem de continente.
Chegou de novo a hora de Vítor e Artur terem de decidir a que lugar pertencem. E regressar ao quê, se os vínculos que os fizeram acreditar numa ideia de futuro mais equitativa parecem ter-se esfumado? Fazem a peça de Gil Vicente ou abandonam tudo e o trabalho de uma vida?
Cinquenta anos depois do 25 de Abril, uma comédia social que retrata o corpo-a-corpo de uma geração com as suas expectativas políticas.»
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