top of page
Quando nós os mortos

criação


TEATRO DA TERRA


A PURGA DO BEBÉ de Georges Feydeau

 
AUDITÓRIO MUNICIPAL DO
FÓRUM CULTURAL DO SEIXAL

20 FEVEREIRO a 1 MARÇO 

QUINTA a SÁBADO | 21:30

Bilheteira

BOL.PT

Biblioteca Municipal e bilheteira do Fórum Cultural do Seixal

encenação

MARIA JOÃO LUÍS

com

FILIPE GOMES, JOANA CAMPELO, MÁRCIA CARDOSO, PAULO DUARTE RIBEIRO

RODRIGO SARAIVA, SÍLVIA FIGUEIREDO, TADEU FAUSTINO

tradução  JOSÉ MARTINS

cenografia   ANA TERESA CASTELO 

figurinos  CLÁUDIA RIBEIRO

desenho de luz, fotografia   PEDRO DOMINGOS

assistência de encenação   JOANA CAMPELO

ilustração do cartaz    JOANA VILLAVERDE

assistência de produção   FILIPE GOMES, CARINA R. COSTA 

direcção de produção   PEDRO DOMINGOS

produção   

TEATRO DA TERRA   2025  

M/12

A PURGA DO BEBÉ é uma farsa curta, mas brilhantemente elaborada, que mostra o talento de Feydeau a transformar a vida quotidiana em comédia de mal-entendidos e situações absurdas.

A peça gira em torno de um casal, Follavoine e Julie, que se prepara para uma importante reunião de negócios. Follavoine tenta garantir um contrato para fornecer penicos ao exército francês e convidou para a sua casa um funcionário do governo para discutir o acordo. No entanto, a sua vida doméstica está um caos porque o seu filho bebé, está constipado e recusa-se a tomar o seu laxante.

Enquanto Follavoine tenta freneticamente manter a ordem e impressionar o seu convidado, Julie está igualmente ansiosa por fazer o bebé tomar o seu remédio. A situação transformasse numa série de mal-entendidos hilariantes, e discussões entre o casal. A peça culmina numa resolução caótica e barulhenta, típica no estilo das farsas de Feydeau.

As situações cómicas são exacerbadas por diálogos rápidos e personagens caricatas, revelando as neuroses e os dilemas da sociedade, explorando temas como o casamento e a desordem emocional, tudo com um tom leve e divertido.

IMG_4468-cópia.jpeg
IMG_4163-cópia.jpeg
IMG_4440-cópia.jpeg
IMG_4352-cópia.jpeg
IMG_4202-cópia.jpeg
IMG_4030-cópia.jpeg
Quando nós os mortos

criação


TEATRO DA TERRA


PARA ONDE FOI O MEU CORPO de Ana Lázaro 

AUDITÓRIO MUNICIPAL DO 
FÓRUM CULTURAL DO SEIXAL
ESTREIA ABSOLUTA 
7 a 10 MAIO
QUARTA a SÁBADO | 21:30

Bilheteira

BOL.PT

Biblioteca Municipal e bilheteira do Fórum Cultural do Seixal

encenação

MARIA JOÃO LUÍS

com

BRUNO SOARES NOGUEIRA, PEDRO MOLDÃO 

cenografia  DANIELA CARDANTE

música  TÓ TRIPS​

desenho de luz  PEDRO DOMINGOS

assistência de encenação  SÍLVIA FIGUEIREDO

assistência de produção  FILIPE GOMES, CARINA R. COSTA

direcção de produção  PEDRO DOMINGOS

produção   

TEATRO DA TERRA   2025 

M/12

Boyle é um Rapaz da Geração Z. Depara-se com um acontecimento inesperado. Perdeu o corpo. Céticos? Pois se podemos ter pele de galinha, pés dormentes, pressão na cabeça… um buraco na barriga… um vazio no peito… Quem diz que esse vazio não pode crescer até fazer o corpo desaparecer completamente?

O mais estranho é que Boyle tem um corpo, mas não é real, é um perfil, um avatar  – um outro Boyle – o Boyle virtual que faz tudo o que ele não é capaz de fazer. Ou pelo menos assim parece. É o Boyle_Two_Thousand: a sua identidade virtual, o nome que usa nas redes, para jogar com outros players em rede, para falar com pessoas desconhecidas. O Boyle_Two-Thousand é tudo o que o Boyle queria ser, mas o problema é que só existe quando liga o telefone. Dentro do círculo do Instagram, no ecrã do Tiktok. Sim… O Boyle não é bem o Boyle, é assim uma espécie de Boyle inventado. E agora até ele corre o risco de desaparecer. É que se o Boyle real não existir (na verdade se o Bruno não existir), nem o Boyle _Two_Thousand sobrevive.

Tudo começou quando apanhou uma espécie de piolhos, chamado algoritmos. Os algoritmos pareciam estar dentro da cabeça dele, debaixo do coro cabeludo, às vezes até o despertavam no meio do sono. A quererem entrar pelos sonhos adentro. Foi nesse instante que Boyle percebeu que sem querer os pés, os joelhos, a clavícula (!) tinham começado a desparecer. Pior que uma pressão como a de milhares de toneladas se abatia sobre a sua cabeça, mesmo naquele pontinho onde nascem os pensamentos.

Para Onde foi

acolhimento

TEATRO DOS ALOÉS


PAGAR?! AQUI NINGUÉM PAGA de Dario Fo

AUDITÓRIO MUNICIPAL DO 
FÓRUM CULTURAL DO SEIXAL
11 e 12 JULHO
SEXTA e SÁBADO | 21:30

Bilheteira

BOL.PT

Biblioteca Municipal e bilheteira do Fórum Cultural do Seixal

encenação

JOSÉ PEIXOTO

com

GRACIANO AMORIM, JORGE SILVA, PATRÍCIA ANDRÉ, RAQUEL OLIVEIRA 

tradução  GIL SALGUEIRO NAVE

cenografia e adereços  RUI FRANCISCO

figurinos e adereços  MARIA LUIZ

música  RUI REBELO​

desenho de luz  TASSO ADAMOPOULOS

vídeo  JOSÉ RICARDO LOPES

fotografia  LUANA SANTOS

produção executiva e divulgação  MARCO TRINDADE

direcção de produção  DANIELA SAMPAIO

produção   

TEATRO DOS ALOÉS   2025 

Dario Fo, Prémio Nobel da Literatura escreve e reescreve esta obra de intervenção, fruto do contexto de sucessivas crises económicas em Itália – em 1974 e em 2008.

A história desenrola-se em função de duas mulheres que se envolvem num protesto de donas de casa contra o aumento dos preços dos produtos dentro de um supermercado, propondo pagar metade do seu preço e acabando por levar para casa alguns produtos sem pagar.

A crise na fábrica onde trabalham os seus maridos e as buscas da polícia na vizinhança estruturam uma situação cheia de entradas e saídas, perseguições e segredos num contexto de muita confusão. Chegadas a casa, precisam de esconder o seu saque, pois o marido de uma delas é um homem de valores rígidos e não compactuará com uma situação de roubo. Margarida aceita ajudar a esconder o saque, mas repentinamente o seu marido Luís chega a casa mais cedo. Começa aí um conjunto de manobras de diversão para ocultar o saque aos maridos e à polícia que iniciou buscas em toda a vizinhança, dando origem a diversas situações cómicas.

A pertinência e atualidade da obra assentam na realidade contemporânea, em que continuam a conviver 2 modelos económicos paralelos, em que uma grande franja da sociedade continua a ter condições de vida difíceis, relações de trabalho precárias ou mesmo muito periclitantes, sendo invisíveis aos olhos dos restantes. A realidade económica dos mais desfavorecidos, incluindo a vaga de emigrantes na atual sociedade portuguesa, continua a ter razões para gritar “Não pagamos”. Esta faixa da população não se revê nos modelos sociais e políticos estabelecidos, rejeitando-os e procurando dar voz à sua insatisfação e procurando respostas para as suas necessidades e aspirações ficando vulnerável a propostas demagógicas e populistas.

acolhimento
 

 
AUDITÓRIO MUNICIPAL DO
FÓRUM CULTURAL DO SEIXAL

Bilheteira

BOL.PT

Biblioteca Municipal e bilheteira do Fórum Cultural do Seixal

criação
TEATRO DA TERRA

QUANDO NÓS OS MORTOS DESPERTARMOS de Henrik Ibsen

AUDITÓRIO MUNICIPAL DO 
FÓRUM CULTURAL DO SEIXAL

4 a 13 DEZEMBRO

QUINTA A SÁBADO  | 21:30            

         

Bilheteira

BOL.PT

Biblioteca Municipal e bilheteira do Fórum Cultural do Seixal

 

 

 

encenação

ANTÓNIO SIMÃO

com

CATARINA WALLENSTEIN, MARCELLO URGEGHE, MARIA JOÃO LUÍS

MIGUEL SOPAS, RÚBEN GOMES, SÍLVIA FIGUEIREDO a confirmar

tradução

cenografia     

composição e direcção musical   

figurinos   

desenho de luz   PEDRO DOMINGOS

assistência de produção   FILIPE GOMES, CARINA R. COSTA

direcção de produção   PEDRO DOMINGOS

produção   

TEATRO DA TERRA   2025  

 

M/12

Quando nós os Mortos Despertarmos é a última peça escrita por Henrik Johan Ibsen, em 1899, num ambiente pessimista fin-de-siécle, anti-vitoriano, ressalvando o papel da arte e da mulher. Em tom de despedida a peça evoca ainda assim alguns temas recorrentes nas suas peças. O papel da mulher numa sociedade onde a prerrogativa é masculina. A história de uma mulher cuja vida e sonhos são destruidas por um artista que expôs a sua nudez como objecto artístico, relativizando a sua própria existência enquanto ser social, humano e complexo.

Ibsen cria uma espécie de alter-ego, o escultor Arnold Rubek, que depois de muitos anos no exílio regressa à Noruega para passar o Verão numa estância balnear com a sua esposa Maja, uma mulher que não o satisfaz por não ter sensibilidade artística. Apesar da fama e do sucesso alcançado, Rubek sente uma enorme frustração, porque conclui que, ao abrir mão do amor e da vida, acabou traindo a sua arte. Imbuído de sentimento trágico por ter sacrificado tudo em nome de um ideal, reencontra Irene, a mulher que lhe serviu de modelo e inspiração para a criação de uma escultura que batizou de O Dia da Ressurreição, considerada uma obra prima pelos críticos. Irene afasta-se de Rubek por não se sentir correspondida nos seus afetos surgidos quando desnudou o seu o corpo e alma para o escultor. Coma ausência de Irene, Rubek entra em desespero acreditando ter perdido o seu dom - a criatividade artística. Quando Rubek reencontra Irene na estância balnear, ela acusa-o de lhe ter roubado a alma e sugado a energia vital.

Ibsen dominou o início do movimentos artísticos no início do séc. XX. A representação de diferentes formas de subjetivação torna-se uma das principais fronteiras expressivas e, nesse sentido, Ibsen promove uma reflexão sobre a nova subjetividade. Com a intenção de revelar, no espaço da escrita dramática, a paisagem interna das personagens que se deparam com anseios e desejos que, muitas vezes, elas mesmas não compreendem, Ibsen envolveu-se com todos os movimentos artísticos de seu tempo, desde o simbolismo até o expressionismo e surrealismo, cujos representantes investigavam as profundezas da psique a partir de ideias difundidas por Kierkegaard, Nietzsche e, sobretudo, Freud.

            As personagens em Ibsen, a Burguesia na sua plenitude, os grandes arquitectos, os grandes engenheiros, os grandes artistas (como neste caso) escondem segredos. Por baixo dos soalhos dos solares, por baixo do gelo dos lagos do norte, há pecados – crimes, roubos, apropriação do trabalho dos outros, adultério, traições... e, com o degelo os fantasmas do passado voltam.

Todo o ódio, toda a amargura, todo o arrependimento vem de trás, do passado, de sentimentos amontoados.

A mulher, no centro da trama de Quando nós os Mortos Despertarmos,  como em Hedda Gabler, mas aqui já vencida, já vítima mas ainda movimentando a acção resultante de actos do passado. Outrora musa, outrora representando a pureza do gesto primeiro, de uma arte ainda não conspurcada, uma arte ainda não sacrificada aos gostos e aspirações da sociedade. Em Quando Nós os Mortos Despertarmos, a mulher/modelo é sacrificada pela arte do escultor e a sua alma de mulher é desperdiçada para gratificar a imaginação e estimular a alma do artista.

Quando nós os mortos
bottom of page