
TEATRO da TERRA
criação artística para todos
reposição
TEATRO DA TERRA
A ÚLTIMA REFEIÇÃO de António Cabrita
AUDITÓRIO MUNICIPAL DO
FÓRUM CULTURAL DO SEIXAL
QUINTA, 20 JANEIRO | 21:30
SEXTA, 21 JANEIRO | 21:30
SÁBADO, 22 JANEIRO | 21:30
encenação
ANTÓNIO PIRES
com
MARIA JOÃO LUÍS
cenografia JOSÉ MANUEL CASTANHEIRA
composição e direcção musical JOÃO LUCAS
desenho de luz PEDRO DOMINGOS
fotografia ALÍPIO PADILHA
produção executiva DIANA ESPECIAL
assistência de produção FILIPE GOMES
direcção de produção PEDRO DOMINGOS
produção TEATRO DA TERRA 2021
M/12
Helena dispõe os ingredientes sobre a banca e deita mãos à obra: preparar uma última refeição para Bert. Escolheu fazer-lhe frango na púcara com temperos à Mãe Coragem. Assim começa este monólogo interpretado por Maria João Luís, escrito por António Cabrita e encenado por António Pires. Enquanto cozinha, Helena vai discorrendo sobre a sua vida com Bert: as grandes alegrias por partilharem de um transcendente sonho teatral e por se confiarem incondicionalmente no palco, numa sintonia que os levou ao êxito, e por outro lado o sofrimento com as traições conjugais, o carácter de pinga-amor do Brecht e a sua noção alargada de "família"; a dureza da vida no exílio; o difícil regresso a Berlim e o seu papel de "mãe" para manter Bert no equilíbrio propício às suas necessidades criativas. Bert já está no caixão, mas ela ficou de responder à morte na manhã seguinte para o substituir ou não, enquanto nesse caso, a Morte o ressuscitaria. Em desespero, resolveu fazer o prato que Bert mais gostava e que considerava digno de ressuscitar um morto - talvez assim ela não precise sacrificar-se, pensa.
acolhimento
O PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES de Josep Maria Miró
AUDITÓRIO MUNICIPAL DO
FÓRUM CULTURAL DO SEIXAL
SEXTA, 18 FEVEREIRO | 21:30
SÁBADO, 19 FEVEREIRO | 21:30
encenação
JORGE CRAMEZ
com
EDUARDO FRAZÃO, GONÇALO LELLO, LUÍS SIMÕES, SANDRA SÃO JOSÉ
tradução EDUARDO MOLINA
cenografia HUGO MERINO FERRAZ
desenho de luz PEDRO DOMINGOS
assistência de encenação MARINA ROSÁRIO
sonoplastia CRISTÓVÃO CARVALHO
comunicação EVOLI
M/16
Jorge é professor de natação. Dá aulas a crianças na piscina da sua localidade e é conhecido por manter uma excelente relação com os alunos e pais. É visto como um profissional dedicado e afável por toda a comunidade. Até que a afirmação de uma criança faz com que a sua integridade seja questionada perante todos, e cada gesto seu passe a ser observado à luz da suspeita. A desconfiança instiga pressão à sua volta até tomar proporções inesperadas, obrigando personagens e espectadores a tomar partido entre o que se diz, o que se presume e o que de facto poderá ter acontecido.
criação
TEATRO DA TERRA
BALADA PARA SOPHIE de Ana Lázaro a partir do livro homónimo de Filipe Melo com ilustrações de Juan Cavia
AUDITÓRIO MUNICIPAL
FÓRUM CULTURAL DO SEIXAL
Estreia no Dia Mundial do Teatro
DOMINGO, 27 MARÇO, 16:00
TERÇA, 29 e QUARTA, 30 MARÇO 15:00
para escolas do concelho do Seixal
QUINTA, 31 MARÇO | 21:30
SEXTA, 01 ABRIL | 21:30
SÁBADO, 02 ABRIL |21:30
Bilheteira
https://ticketline.sapo.pt/evento/balada-para-sophie-adaptacao-de-ana-lazaro-62344
Biblioteca Municipal e bilheteira do Fórum Cultural do Seixal
encenação, espaço cénico, figurinos
MARIA JOÃO LUÍS
com
ANA SARAGOÇA, ANDREAS PIPER, INÊS CURADO, RODRIGO SARAIVA
SÉRGIO GOMES, SÍLVIA FIGUEIREDO, TADEU FAUSTINO e
ANTÓNIO FRAGOSO, FILIPE GOMES, PAULO AMADO
tema Balada para Sophie FILIPE MELO
desenho de luz PEDRO DOMINGOS
fotografia ALÍPIO PADILHA
voz-off TOBIAS MONTEIRO
produção executiva DIANA ESPECIAL
caracterização CIDÁLIA ESPADINHA
costureira INÊS REIS CORREIA
assistência de produção FILIPE GOMES
direcção de produção PEDRO DOMINGOS
produção TEATRO DA TERRA 2022
M/6
A partir da narrativa do livro, sugere-se, mais do que uma recriação da história, uma tradução e reinvenção para a linguagem do teatro, numa abordagem inspirada pela impressão imagética e poética da obra, bem como pela sua riqueza narrativa, que se pretende fazer crescer em palco, num espetáculo dedicado ao Público jovem e adulto.
Conta-se a história de um pianista envelhecido, doente e amargurado por uma vida ambivalente e pautada por excessos, desvios, mágoas, sucessos e música. Julian Dubois, o protagonista desta história, é um dia visitado por uma jovem jornalista, que quase inesperadamente o leva a desenrolar o fio das suas memórias. Enquanto leitores, e doravante, espectadores, seremos convidados a mergulhar nessas memórias, que se diluem numa infância pautada pelo rigor frio e rígido de um metrónomo autoritário; na juventude invadida pela ocupação nazi; no período pós-guerra, mas também nos submergem numa irredutível solidão; na força dos fantasmas familiares que sufocam e impõem com ambição desmedida pelo sucesso e poder; na violência de um caminho errático, de fuga e alienação, na procura de uma identidade perdida entre cicatrizes…No eterno confronto de inveja e admiração de Julien com François Samson – o pianista judeu que fazia o piano voar sobre a cabeça da plateia enquanto tocava… Mas sobretudo, este mergulho enlaça-nos nas ligações humanas e de amor que permanecem, mesmo que escondidas, como um segredo guardado numa pauta.
O espetáculo assume este espaço de onde brotam as memórias vivas de Julian Dubois: os atores desdobram-se em personagens, numa linha nem tanto cronológica, mas mais sensorial, como como num sonho acordado – que recupera os acontecimentos e capítulos, as emoções e imagens da vida de um personagem que nos convida a entrar na sua história. Procuram-se reinventar as possibilidades de riqueza estética e visual, mas também os diversos ambientes, capítulos históricos e impressões emocionais despoletadas pelo traço do desenho, a partir do jogo teatral.
E do mundo plástico da Banda desenhada, ao espaço concreto cena, quem sabe, um piano possa mesmo flutuar sobre as nossas cabeças...
acolhimento
COMP.ª DE TEATRO DE BRAGA
HAMLET de William Shakespeare
AUDITÓRIO MUNICIPAL
FÓRUM CULTURAL DO SEIXAL
SEXTA, 13 MAIO | 21:30
SÁBADO, 14 MAIO | 21:30
adaptação, dramaturgia e encenação
ALEXEJ SCHIPENKO
com
ANDRÉ LAIRES, CARLOS FEIO, EDUARDA FILIPA, ROGÉRIO BOANE, SOLANGE SÁ
cenografia e figurinos LESJA CHERNISH
captação de som LUÍS LOPES
desenho de luz ALEXEJ SCHIPENKO e SÉRGIO LAJAS
construção de cenário FERNANDO GOMES
vídeo e som JORGE LUCAS
apoio musical GRASIELA MULLER
produção COMPANHIA DE TEATRO DE BRAGA 2020
M/12
Esta é uma performance sobre a perceção da realidade moderna, logo sobre fronteiras. A peça é sobre a possibilidade de olhar essa realidade a partir de dois polos dessa perceção: 1. O mundo é virtual, 2. O mundo é real. A peça 'Hamlet' é um confronto desses dois oponentes e o processo de interação entre eles. São 4 atores. Dois homens. Duas mulheres. Hamlet e Ofélia entendem o mundo como virtual. A mãe de Hamlet e o padrasto de Hamlet entendem o mundo como real. Após a colisão dessas duas formas de perceção representantes da compreensão virtual do mundo morrem fisicamente (Hamlet, Ofélia), e representantes da compreensão real (Mãe e Padrasto de Hamlet) permanecem vivos. Eles sobrevivem aos seus próprios filhos.
acolhimento
TEATRO DO BAIRRO
DON JUAN de Molière
AUDITÓRIO MUNICIPAL
FÓRUM CULTURAL DO SEIXAL
SEXTA, 03 JUNHO | 21:30
SÁBADO, 04 JUNHO | 21:30
encenação
ANTÓNIO PIRES
com
CAROLINA CAMPANELA, CAROLINA SERRÃO, CATARINA VICENTE, FRANCISCO VISTAS
HUGO MESTRE AMARO, JOÃO BARBOSA, JAIME BAETA, LUÍS LIMA BARRETO, MÁRIO SOUSA
tradução FÁTIMA FERREIRA e LUÍS LIMA BARRETO
cenografia ALEXANDRE OLIVEIRA
desenhos e pinturas de cenário JACQUELINE DE MONTAIGNE
figurinos LUÍS MESQUITA
desenho de som PAULO ABELHO
desenho de luz RUI SEABRA
assistente de encenação MIGUEL BARTOLOMEU
construção da cenografia FÁBIO PAULO
costureira ROSÁRIO BALBI
assistente de figurinos CATARINA VICENTE
operação de luz JOÃO VELOSO
operação de som ANTÓNIO OLIVEIRA
direcção de cena e fotografia MIGUEL BARTOLOMEU
assistência à direcção de cena AFONSO LUZ
ilustração JOANA VILLAVERDE
produção executiva IVAN COLLETI e FEDERICA FIASCA
spot de vídeo TIAGO INUIT
administração de produção ANA BORDALO
comunicação MARIA JOÃO MOURA
produtor ALEXANDRE OLIVEIRA
fotografia e vídeo OVELHA ELÉCTRICA
produção AR DE FILMES / TEATRO DO BAIRRO 2022
co-produção TEATRO MUNICIPAL JOAQUIM BENITE
M/12
O tema de Don Juan teve um tratamento diversificado, desde a primeira vez em que surgiu, por volta de 1630, com uma peça de Tirso de Molina (El Burlador de Sevilla y convidado de piedra) até aos nossos dias. A peça de Tirso, apresentando o destino implacável dum homem dissoluto e imoral, incapaz de arrependimento, teve de imediato várias versões em Itália, algumas das quais foram representadas com enorme sucesso no Thêatre des Italiens, em Paris. Foi nelas que Molière se inspirou, para escrever o seu Don Juan, considerada uma das suas obras primas, juntamente com Tartufo e O Misantropo. O carácter religioso e edificante das primeiras versões, sob o espírito do Concílio de Trento, foi substituído em Moliere por um tratamento muito mais “humano” da personagem, que seria adaptado por diversas versões posteriores do mesmo tema, destacando-se o Don Giovanni, de Mozart, com libretto de Lorenzo da Ponte, e diversos grandes textos de autores posteriores, entre os quais podemos referir Hoffman, Pushkin, Gluck e Richard Stauss.
Ao que parece, Molière terá escrito a sua peça como reacção ao mau acolhimento dado a Tartufo, que foi proibido por Luis XIV por pressões eclesiásticas, pondo em contraponto a religiosidade hipócrita da personagem que dá o título àquela obra e um comportamento ostensivamente amoral e irreligioso (quase um “ateu racionalista”) de Don Juan. Há quem aproxime a personagem concebida por Molière do homem nietzschiano, desprovido de valores transcendentes, de natureza prometeica, que julga ter a capacidade de dominar o seu próprio destino. Depois da proibição de Tartufo, e de várias tentativas goradas para ser reposta a sua representação, Molière reage com um texto teórico e com a escrita de Don Juan. Nesse texto (“Premier Placet au roi”), o autor desenvolve a ideia de que o dever da comédia é “corrigir os homens, divertindo-os”, atacar os defeitos do seu século, a começar pela hipocrisia, “um dos vícios mais em voga e um dos mais perigosos”, tema que era nuclear em Tartufo. Don Juan, pelo contrário, despreza a hipocrisia, é escandalosamente directo, não tem consciência moral, é um sedutor infiel, mentiroso, orgulhoso, insolente, pondo em questão os valores da época (honra, casamento, família, religião), ignorando e troçando do castigo divino. Não existe nele arrependimento, mesmo no momento final em que é levado para a morte pela mão da Estátua do Comendador.
Como contraponto a esta personagem, e de certo modo encarnando os valores morais e sociais vigentes na época, temos a personagem de Esganarelo, no fundo um criado característico do teatro clássico, poltrão, interesseiro e guloso, que, nesta peça adquire uma outra dimensão, pela importância que adquire, acompanhando o seu senhor praticamente em todas as cenas, tornando-se numa espécie de alter ego do seu amo, chamando-o à razão, tentado a cada momento que ele se integre na sociedade, lembrando-lhe as hipotéticas consequências da vida que leva.
As outras personagens, D. Elvira, os irmãos dela, o Pai, os camponeses, defendem os valores sociais que regiam a sociedade francesa da época, os nobres caracterizados por uma enorme dignidade, os camponeses com uma divertida rusticidade.
De realçar ainda a elegância e a justeza da linguagem utilizada, a harmonia da composição das frases, fazendo desta comédia um dos exemplos mais marcantes do estilo do classicismo francês.
criação
TEATRO DA TERRA
O SAQUE de Joe Orton
AUDITÓRIO MUNICIPAL
FÓRUM CULTURAL DO SEIXAL
QUINTA, 09 JUNHO | 21:30
SEXTA, 10 JUNHO | 21:30
SÁBADO, 11 JUNHO | 21:30
QUINTA, 16 JUNHO | 21:30
SEXTA, 17 JUNHO | 21:30
SÁBADO, 18 JUNHO | 21:30
encenação
MIGUEL SOPAS
com
FILIPE GOMES, HELDER AGAPITO, MARQUES D'AREDE
PAULO DUARTE RIBEIRO, RODRIGO SARAIVA,
SÍLVIA FIGUEIREDO, SÓNIA GUERRA
figuração
MIGUEL SOPAS, VITOR OLIVEIRA
tradução FERNANDO VILLAS-BOAS
cenografia e adereços DANIELA CARDANTE
figurinos DIANA ESPECIAL
sonoplastia CARLOS NASCIMENTO
desenho de luz PEDRO DOMINGOS
assistência de encenação VITOR OLIVEIRA
fotografia ALÍPIO PADILHA
pintura São Sebastião Mártir DIOGO BARROS PIRES
moldura CARLOS MIRANDA
produção executiva DIANA ESPECIAL
assistência de produção FILIPE GOMES
direcção de produção PEDRO DOMINGOS
produção TEATRO DA TERRA 2022
M/12
O SAQUE é um texto exemplar quanto à estranheza da obra dramática que Joe Orton nos legou, e uma peça fundamental da dramaturgia inglesa cómica da segunda metade o século XX. As desventuras de Hal e Dennis, dois ladrões desajeitados e pouco escrupulosos, desdobram-se num registo de comédia negra quando os jovens decidem remover do seu caixão o cadáver da Sra. McLeavy, a mãe de Hal, recentemente falecida – no intuito de esconder no esquife o saque resultante do mais recente roubo da dupla. A enfermeira da falecida, a várias vezes viúva Fay (que teve já sete maridos, todos mortos em circunstâncias misteriosas), demonstra ter intenções amorosas suspeitas em relação ao viúvo McLeavy... A entrada em cena do inspector Truscott da Scotland Yard e o seu interrogatório aos membros da família em busca de pistas sobre o roubo acabam por ser decisivos no surpreendente desenlace da peça.
Estreada em 1965, Loot é uma obra-prima da dramaturgia cómica inglesa da segunda metade do século XX.
A peça centra-se em torno das desventuras de dois ladrões desajeitados e pouco escrupulosos, Dennis e Hal (entre quem é também sugerida uma relação romântica homossexual). Enquanto aguarda as suas exéquias, o cadáver de Mrs. McLeavy (mãe de Hal) é removido do caixão pelo filho e pelo seu cúmplice, no intuito de esconder no esquife o saque resultante do mais recente golpe da dupla. A enfermeira da falecida, a várias vezes viúva Fay (que teve já sete maridos, todos mortos em circunstâncias misteriosas) demonstra ter intenções amorosas suspeitas em relação ao viúvo, Mr. McLeavy; contudo, a descoberta casual do saque escondido leva-a a alterar os seus planos imediatos – exigindo aos dois ladrões uma percentagem do dinheiro roubado. A entrada em cena do inspector Truscott da Scotland Yard e o seu interrogatório aos membros da família em busca de pistas sobre o roubo – acabam por ser decisivos no desenlace da peça. O viúvo McLeavy acaba incriminado pelo próprio filho (que tinha tentado encobrir), sendo detido como responsável pelo crime; e Truscott acaba por associar-se aos verdadeiros culpados – exigindo também a sua quota-parte do saque escondido...
Para além da crítica à corrupção, brutalidade e falta de integridade das forças policiais, a peça satiriza o luto e os seus rituais sociais, bem como a Igreja Católica e o alcance da cobiça enquanto motor dos mais extremados comportamentos humanos – num registo de farsa negra e bizarra, em que pelo absurdo da linguagem e das situações se constroem em cena mecanismos de comédia inquietantes e improváveis.
acolhimento
TEATRO DAS BEIRAS
CORPSING de Peter Barnes
AUDITÓRIO MUNICIPAL
FÓRUM CULTURAL DO SEIXAL
SÁBADO, 29 OUTUBRO | 21:30
encenação
GIL SALGUEIRO NAVE
com
SÍLVIA MORAIS, SUSANA GOUVEIA, TIAGO MOREIRA, VICTOR SANTOS
tradução SUSANA GOUVEIA
cenografia, figurinos e cartaz LUÍS MOURO
canção e sonoplastia HELDER F. GONÇALVES
desenho de luz FERNANDO SENA
operação de luz e som HÂMBAR DE SOUSA
carpintaria IVO CUNHA
costureira SOFIA CRAVEIRO
produção CELINA GONÇALVES e FERNANDO SENA
fotografia e vídeo OVELHA ELÉCTRICA
produção TEATRO DAS BEIRAS 2022
M/12
Peter Barnes (1931-2004), dramaturgo e guionista britânico, apresenta uma escrita especialmente caracterizada pelo seu estilo satírico e anti-naturalista. Admirador de Frank Wedekind, Ben Jonson e Georges Feydeau, Barnes construiu uma escrita original ainda que influenciada pelo teatro isabelino, farsas medievais, drama expressionista alemão ou commedia dell'arte.
Escritor imaginativo e pouco ortodoxo, combinou sensibilidades dramáticas não convencionais com uma inteligência excêntrica numa mistura discreta com a sátira grotesca e corrosiva.
Prolífico escritor para teatro, cinema e televisão, trata de temas como a hipocrisia, a corrupção dos privilegiados e dos despóticos, com humor e referências literárias moldando os seus estilos teatrais que vão da tragédia ao teatro de cabaré com “empréstimos” de Shakespeare, Verdi, Irmãos Marx, entre muitos outros que fazem parte do seu universo criativo. Barnes acreditava no poder subversivo do riso.
Algumas das suas peças foram produzidas pela Royal Shakespeare Company e pela Royal Court.
CORPSING (1996), é nome genérico do espectáculo que inclui um conjunto de quatro curtas peças num acto (O humor ajuda, À espera de um autocarro, Exercícios de representação e Últimas cenas). Um jogo meta-teatral ancorado no contraste dos opostos que simultaneamente combinam “o absurdamente trágico e o tragicamente absurdo".
acolhimento
TEATRO DAS BEIRAS
A MALUQUINHA DE ARROIOS de André Brun
AUDITÓRIO MUNICIPAL
FÓRUM CULTURAL DO SEIXAL
SÁBADO, 11 NOVEMBRO | 21:30
ABERTURA DO FESTIVAL DE TEATRO DO SEIXAL 2022
encenação
MARIA JOÃO LUÍS
com
ANA SARAGOÇA, ANDRÉ ALBUQUERQUE, CAROLINA PICOITO PINTO
CÁTIA NUNES, FILIPE GOMES, HELDER AGAPITO, INÊS CURADO
JOÃO ARAÚJO, PAULO DUARTE RIBEIRO, MARINA ALBUQUERQUE
SÉRGIO GOMES, SÓNIA GUERRA, VITOR OLIVEIRA
cenografia ANA TERESA CASTELO
desenho de luz PEDRO DOMINGOS
fotografia ALÍPIO PADILHA
produção executiva DIANA ESPECIAL
assistência de produção FILIPE GOMES
direcção de produção PEDRO DOMINGOS
produção TEATRO DA TERRA 2022
M/12
Baltazar Esteves, o “Esteves do Bacalhau” fez fortuna ao balcão a vender bacalhau, grão e batatas. É casado com a Capitulina e tem um filho e uma filha. O filho é um poeta, a filha lá conseguiu casar com um visconde. Baltazar Esteves é também dono de vários prédios em Lisboa, entre os quais um, em Arroios, onde vive Alzira de Meneses, a quem todos chamam ” a maluquinha de arroios. Alzira de Meneses, para além de ser um pouco destrambelhada é também uma mulher deslumbrante por quem todos os homens perdem a cabeça. E isso vai acontecer ao Baltazar, ao filho e ao genro. Para aumentar a confusão e as trapalhadas, há ainda a D. Perpétua, manicura, calhandreira e alcoviteira; Aniceto Abranches, um procurador romântico; o pai da Maluquinha, um estroina do pior; a mãe da Maluquinha, meia louca e apaixonada, vários criados e ainda um macaco que se enfurece quando chove.